Obrigada a todos!!!

Está a faltar aqui o agradecimento a todos, mesmo todos, que me melgaram o santo dia... aquele, o que já passou...

Obrigada a ti que foste o 1º, que ligaste antes da meia-noite em compasso de espera só mesmo para seres...o primeiro; a ti que justamente fizeste com que o 1º telefonema tivesse de acabar rápido porque...estás só a milhares e milhares de km de distância; a ti que te lembras de ligar quase às duas da manhã (como se eu tivesse de férias como tu =p); a ti que te lembraste na Irelanda; a ti que te lembraste na Alemanha; a ti que te confundi com a tua irmã (desculpa, desculpa, mas têm a voz igualzinha...); a ti que voltaste a ligar de kms e kms de distância, ...; a ti que me encheste de mimo o dia todo =p; a ti que ligas invariavelmente com um "era so para saber se está tudo bem"..., a ti, a ti, a ti...; a todos os que enviaram mensagens (mesmo aquelas que não sei de quem são...sorry), a todos os que fizeram com o que um jantar se tornasse num corropio de chamadas...desculpa a falta de companhia Vava...


Obrigada a todos... sabe bem saber que me têm no pensamento e que vos tenho por perto...

Memória de Aroma


ontem como hoje é evidente
que me esqueço das palavras certas,
as que te diria sério ou a rir
e as que te dirá o tempo com mais certeza.

ontem como hoje iludo o tempo tenaz
o que me agarra com cordas quando não estás
nem me solta tão pouco quando me assombra
a ideia da tua ausência.

ontem como hoje é evidente
que me enternece a memória do aroma
da tempestade revoltada que se esmorece
na tua pele e no teu sorriso-núvem.

ontem como hoje engano o espaço intermédio
o dia lenga-lenga (esqueço-me) e a noite,
sou destro no passo apressado para a sombra
e encosto-me na imagem de um espelho da rua.

ontem como hoje é evidente
que a paixão se tornou um corte que teima
em cicatrizar atolado de medo-fantasma,
ou numa toalha que se entende na mesa vazia.

ontem como hoje atalho por entre ruelas
(nunca a correr porque me atrapalha a calçada)
a procurar uma morada de silêncio
onde as palvras susurradas serão silvos certeiros.

ontem como hoje é evidente
que não sei tirar da poesia o brilho
nem pintar a minha fraqueza, tu.


by S.G., roubado daqui